Qualquer um que teve a oportunidade de analizar os bancos de dados gerais das avaliações de desempenho de uma empresa, sabe como ele é recheado de vieses por todos os lados. Gestores que só dão notas altas, outros que só dão notas baixas para suas equipes, autoavaliações superdimensionadas, gestores que não conhecem suas equipes e para não se complicarem, dão notas medianas para todos e muito outros exemplos.
Quero elencar aqui alguns pontos, que se observados, deixarão os desvios causados pelo gestor muito mais controlados. Vamos lá:
1. Tenha foco.
Reserve o tempo adequado para a avaliação, pois cada avaliado é importante e o processo não é só aquela coisa chata que você tem que fazer no final do ano, é algo vivo, contínuo e enriquecedor para você e sua equipe.
2. Dê uma olhada para si mesmo.
O quanto você encontra de preconceito em você? Pergunta complicada quando enxergamos o preconceito como qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico. Se não nos preocuparmos com isso, estaremos dispensando um dos grandes benefícios de uma avaliação que tentar olhar para o todo e para o detalhes, o mais objetivamente possível. Conhecer os subordinados, sem rotular é o caminho óbvio e eficaz para uma boa avaliação.
3. Não tenha medo de conflitos.
Em uma avaliação real, certamente em algum momento você vai deixar o avaliado se confrontando com alguma oportunidade de melhoria que o deixará desconfortável e existem pessoas que irão evitar isso a todo custo, uns se fechando, outros confrontando outros saindo correndo (não necessariamente de maneira figurada). A palavra mágica aqui é “RESPEITO”. Pela pessoa, pela situação e pelo desenvolvimento.
4. Valorize a jornada toda, não apenas os fatos recentes.
Quando parar para pensar no desempenho de alguém, certifique-se que os exemplos e evidências que estão embasando sua avaliação foram coletados em tempos diferentes, não privilegiando apenas os mais recentes. Essa dica se completa com a próxima que é:
5. Registre.
Reserve uma pasta em seu computador para guardar todas as informações relevantes sobre sua equipe. Faça uma planilha com o nome de filhos, esposa, data de entrada na empresa, data de entrada na sua área, hobbies, cursos realizados, formaturas, aniversário, etc. Guarde nesta pasta todas as evidências que vão te ajudar a dar um feedback consistente e objetivo para eles no futuro: desempenho em reuniões, elogios recebidos, problemas detectados, orientações passadas, emails recebidos etc. Isso é ouro, consequentemente, guarde com muito cuidado.
6. Aconselhe-se.
Se o processo de avaliação de sua empresa não for multivisão, pegue informação sobre sua equipe com a sua equipe. Mesclar sua leitura com as impressões dos colegas é uma prática bastante recomendada, que traz não só informação, mas também mede a temperatura dos relacionamentos e disfunções que passariam despercebidas no dia a dia.
7. Treine e estude.
Como tudo o mais na vida, o conhecimento e o exercício fazem a diferença. Leia mais, escreva mais, dê mais feedback. Alguns links legais:
Os primeiros passos na criação da cultura de Engajamento em pequenas e médias empresas
Escuta ativa: o que é e como praticar dentro do seu dia a dia?
Vamos falar sério sobre engajamento?
Quer conversar um pouco mais sobre o assunto? Vai ser um prazer!
Abraço,
Alvaro Mello
Carvalho e Mello Consultoria
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